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28 de agosto de 2014 as 09:21 / Agricultura e Meio Ambiente, Sem categoria

Leite tem garantia de mercado futuro como produto rentável


Trazer informações que sirvam de subsídio para a tomada de decisão dos produtores e mostrar os caminhos da qualificação para aumentar a rentabilidade do produto foram os principais objetivos do Seminário do Leite e Tarde de Campo promovido pela Secretaria Municipal da Agricultura de Não-Me-Toque, juntamente com o Conselho Municipal de Agricultura. O evento foi um dos votados no Processo de Participação Popular no ano de 2012 e recebeu recursos do Orçamento do Estado para ser realizado.

O evento foi realizado na quarta-feira (27), na sede da Associação dos Funcionários da Cotrijal, com a presença de produtores de leite de Não-Me-Toque. O secretário municipal da Agricultura, Ivan Machry, abriu o seminário ao lado da prefeita Teodora Lütkemeyer, do presidente da Câmara de Vereadores Gilson dos Santos, do presidente do Conselho Municipal da Agricultura Pedro Paulo Nienow e do vice-presidente da Cotrijal, Enio Schreoder.

Ernesto Krug, presidente da Associação Gaúcha de Laticínios, falou sobre o mercado, ressaltando o salto de produtividade do Rio Grande do Sul.

– O nosso Estado era sexto colocado no Brasil na produção do leite e, em menos de dez anos, passou para segundo lugar, resultado da organização do setor – garantiu.

Segundo Krug, os números constatam a queda no consumo nos últimos meses em função das sucessivas fraudes descobertas pela polícia. Destacou que nenhum produtor estava envolvido e lamentou o tempo que será necessário para restabelecer esse consumo.

Quando à importância da atividade, citou que o leite é o maior empregador dentre as atividades do agronegócio no Brasil, é a sexta atividade econômica mais importante, no entanto em termos sociais é o mais importante. O leite tem o menos custo capital emprego, é um emprego não sazonal (se mantém o ano inteiro), é próprio da atividade familiar, comprovado mundialmente.

– Hoje, preocupa-nos aspectos de concentração empresarial na indústria, o que tira a rentabilidade do produtor, situação agravada pela desativação de plantas industriais – comentou.

A estimativa de concentração da população nos centros urbanos e a longevidade faz crescer a necessidade de produtos alimentícios como o leite, garantindo mercado futuro. Hoje o mundo tem 7 bilhões de habitantes que deve chegar a 9 bilhões em 2040.

Entre os mercados possíveis estão Ásia, África, América Latina e México que hoje é o segundo importador depois da China. No entanto, o mercado nacional é treze vezes maior que o externo, onde Nova Zelândia e da Europa se sobressaem.

– Não contem com o mercado da China lá na frente. Eles estão se organizando e no ano passado importaram 600 mil vacas, embora ainda falte muito para se qualificarem para produzir – opinou Ernesto Krug.

Em relação à produção, considerou que o Brasil tem condições de sair dos 1.700 litros vaca ano e passar para 9 mil litros por vaca ao ano.

Sucessão

O RS reduziu o número de produtores, mostrando que os filhos abandonaram a atividade. Para Ernesto Krug, são diversas as influência para que os filhos sucedam os pais na atividade leiteira, entre eles o reconhecimento como parceiros, respeito as suas ideias, morte e divisão do capital, rentabilidade, distância de escolas e universidades e falta de tecnologia (telefonia, televisão e internet).

Ameaças

São ameaças ao desempenho da produção brasileira de leite: a Organização Mundial do Comércio que defende o interesse dos países da Europa, subsídios dos países, acesso a mercados, certificação de origem e a desorganização da cadeia produtiva, além da concentração do mercado mundial de lácteos em poucas indústrias, efeito do câmbio, preços de commodities, ampliação da área para produção de etanol,

 

Na opinião de Ernesto Krug, que dedica seu tempo para conhecer e acompanhar a atividade leiteira no mundo, o Brasil tem muito a crescer na produção de leite, mas para isso precisa organizar a cadeia produtiva, levar informação e tecnologia até os produtores e para isso, apontou o trabalho da Fetag, da Emater e das cooperativas como fundamental.


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