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28 de agosto de 2014 as 09:27 / Agricultura e Meio Ambiente, Sem categoria

Interesse de novas indústrias mostra mercado atraente


 A relação do produtor com a indústria foi tema abordado por Darlan Palharini, representante do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do RS, palestrante do Seminário do Leite e Tarde de Campo realização da Secretaria Municipal da Agricultura, Secretaria Municipal de Obras, Governo do Estado, Programa Leite Gaúcho e organização da Emater, Sindicato Rural, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e apoio da Cotrijal, na manhã de quarta-feira (27). O representante dos Laticínios traçou um panorama otimista do setor, apesar do momento crítico de denúncias de fraude no leite.

Darlan Palharini destacou que o leite uht, apesar de contar com um grande mercado, não é o mais atrativo para a indústria em termos de preços, já que o valor agregado do leite em pó é muito maior, em função da durabilidade e da possibilidade de exportação.

– O RS é um grande exportador de lácteos, mas a presença de doenças como a brucelose impede a expansão deste mercado – citou.

Quanto ao mercado, disse que o sindicato também luta para que as agroindústrias consigam a certificação do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI) para poder vender para os demais estados.

Em relação à crise do leite, devido às denúncias de adulteração, afirmou que hoje as indústrias realizam mais de 21 testes ao receber o produto. Anunciou que o caminho para combater as fraudes passa pelo recebimento de leite a granel diretamente do produtor, com aumento do sistema de controle, que já está sendo testado.

 O representante do setor de lácteos considerou que atualmente a distribuição do valor cobrado pelo leite do consumidor garante uma participação estável para o produtor, assim como para a indústria e para o varejo.

FETAG

Airton Hoscheid trouxe a posição da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) sobre a atividade leite e as relações com o mercado. Afirmou que a sucessão familiar é um dos maiores desafios para manter as famílias no campo onde podem viver com dignidade. Considerando que em dez anos o RS terá menos produtores que tem hoje, porque muitos produtores estão sozinhos na propriedade, os filhos já saíram de casa, e deixaram de investir na atividade.

– Sambemos que produzir leite é muito mais difícil do que produzir soja e milho e soja, porque não da para deixar de tirar o leite no sábado e no domingo e retomar na segunda-feira – reforçou como sendo um dos motivos de haver tão poucos produtores de leite em comparação aos produtores de grãos.

Para dinamizar a produção, apontou a falta de infraestrutura como um dos principais problemas, porque em diversas regiões do Estado a energia elétrica não é estável, os telefones celulares, que estão cada vez mais modernos, não servem para fazer ligação na maior parte do interior do Estado.

– Temos tecnologia e genética de primeiro mundo, e por outro lado, temo 121 mil produtores que não têm acesso a esta tecnologia. As cooperativas têm feito um trabalho excepcional nesta área, mas precisamos de políticas púbicas e nesta área sugiro que trabalhemos juntos para que o próximo Governo do Estado vincule o crédito presumido concedido às indústrias em contrapartida em tecnologia para os produtores – defendeu Airton Hoscheid.

Também abordou o problema da sanidade, o acesso à assistência técnica e defendeu que o preço pago pela indústria deverá considerar a qualidade, em detrimento da quantidade, fórmula que contribui para as fraudes.

O evento ainda teve a participação da Farsul, com Jorge Luiz Machado Rodrigues, antes do intervalo para o almoço servido no local do seminário. À tarde teve demonstração sobre formação de piquetes, orientada pelo engenheiro agrônomo Vinícius Toso, da Emater.



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