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14 de junho de 2017 as 16:23 / Saúde

Comunidade se une contra a Regionalização de Partos

Um assunto que vem sendo debatido a meses e que diz respeito diretamente a população, principalmente as futuras mamães, mobilizou a comunidade não-me-toquense que mostrou-se unanimemente desfavorável a proposta da Rede Cegonha que visa regionalizar os partos em centros maiores.

O que é a Rede Cegonha?

É uma medida do Ministério da Saúde que visa implementar uma rede de cuidados para assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como assegurar às crianças o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis.

Esta estratégia tem a finalidade de estruturar e organizar a atenção à saúde materno-infantil no País e será implantada, gradativamente, em todo o território nacional, iniciando sua implantação respeitando o critério epidemiológico, taxa de mortalidade infantil e razão mortalidade materna e densidade populacional.

Porém entre as exigências para que um hospital esteja credenciado na Rede Cegonha é de que tenha 365 partos ao ano e uma equipe médica mínima de 8 médicos, entre eles, obstetras e pediatras. Nos municípios que não tiverem essa estrutura, os usuários serão encaminhados aos hospitais de referência.

Em Não-Me-Toque

No caso de Não-Me-Toque, os Hospitais não atendem o número mínimo de partos, nem tem condições hoje de oferecer uma equipe deste formato, fazendo com que todas as gestantes tivessem que ser levadas a um Município de maior referência.

“Esta medida é totalmente controversa, pois não faz muito tempo que recebemos uma emenda parlamentar onde parte do recurso é destinado a compra de equipamentos para qualificação e melhoria da ala de maternidade do Hospital Alto Jacuí, justamente para assegurar um parto seguro e reduzir a mortalidade infantil de nosso município ainda mais. É uma medida que vem sendo tomada sem o devido planejamento por parte do Governo e que no caso de Não-Me-Toque vem trazer prejuízos a população”, destaca o Secretário Marco Costa.

Totalmente opostos a esta decisão, a Administração Municipal através da Secretaria de Saúde, com o apoio da Câmara de Vereadores, realizou na tarde de quarta-feira (14) em frente a Unidade de Saúde Central uma mobilização com a comunidade opondo-se à esta medida.

A mobilização reuniu mais de 200 pessoas, momento em que autoridades locais colocaram sua insatisfação perante a essa situação. Estiveram presentes o Prefeito Armando Roos, Vice-Prefeito Pedro Paulo Falcão da Rosa, o Prefeito de Lagoa dos Três Cantos Dionísio Wagner, o Presidente da Câmara de Vereadores de Não-Me-Toque Maiquel Delano da Silva e demais Vereadores, o Secretário de Saúde Marco Costa, demais Secretários e imprensa.

Além da mobilização, a Administração solicitou a intervenção do Ministério Público através de ofício entregue ao promotor de Justiça Leandro Tatsch Bonatto, no qual a Administração pede a adoção de medidas legais e cabíveis para que os hospitais municipais possam manter o atendimento prestado a gestantes em âmbito municipal.

“Não vamos aceitar que o Ministério de Saúde brinque com a vida de gestantes através desta medida. Não-Me-Toque conta com dois hospitais muito bem estruturados e com uma equipe de profissionais qualificada para o atendimento a gestantes e recém nascidos, portanto é inaceitável que nos calemos diante desta situação, simplesmente submetendo mulheres grávidas a uma viagem a outro município para ter seus filhos e deixando toda uma estrutura local abandonada”, ponderou o Prefeito Armando.

Mobilização repercutiu em toda região


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