SMECD busca conhecer as dificuldades enfrentadas pelas Escolas Municipais e propõe intervenções
“Me imagino no futuro sendo / fazendo?”, essa pergunta foi realizada aos estudantes do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino, sendo que a maioria deles apresentou dúvidas para respondê-la. Tal dado demonstra a falta de perspectiva dos jovens frente ao seu futuro.
A ausência de sonhos e de projeção de futuro dos alunos pode ser uma das causas apontadas pelos professores pela falta de atenção, comprometimento escolar e respeito em sala de aula, culminando no baixo rendimento.
Motivadas pelo desejo de abraçar o desafio proposto pela Secretária Municipal de Educação, Cultura e Desporto Griselda Maria Scholze Blau, a Assistente Social Fabiane Regina Galvagni e a Psicóloga Paula Lazzari Quadros aceitaram diagnosticar a realidade da Educação Municipal, através da execução de um Projeto.
Foi assim que, no mês de abril desse ano, nasceu o Projeto “Conhecendo a Dinâmica Escolar”, desenvolvido com o apoio da Secretária Griselda Maria Scholze Blau e da Secretária Adjunta Nilse Candida Fraporti Johann. Juntas com as duas profissionais técnicas – psicóloga e assistente social – visitaram todas as Escolas Municipais para escutar as equipes diretivas.
“O resultado dessas escutas revelou que a escola é o local onde são oferecidos os apoios que permitirão que o aluno se desenvolva saudavelmente. Porém, os professores percebem no cotidiano escolar inúmeras dificuldades, como de aprendizagem, defasagem idade-série, infrequência e evasão escolar, negligência familiar – abandono intelectual, conflitos familiares, dentre outros. Essas dificuldades fazem com que muitos alunos da Rede Municipal de Ensino possuam falta de perspectiva quanto ao seu futuro” – explicou a Assistente Social Fabiane.
O Projeto vem sendo desenvolvido nas seis Escolas de Ensino Fundamental e nas quatro Escolas de Educação Infantil na Rede Municipal, sendo que a partir do diagnóstico, a equipe técnica elaborou propostas de trabalho específicas para cada realidade.
As profissionais começaram a intervir nas salas de aula no primeiro semestre, desenvolvendo atividades, no intuito de despertar a importância da formação escolar e da continuidade dos estudos, como preparação para o mercado de trabalho, visto que, muitos alunos não entendiam a necessidade de aprender alguns conteúdos, não conheciam o concurso vestibular, nem os pré-requisitos para Bolsa de Estudo como ProUni.
“O avanço do uso de drogas também foi percebido na escola, influenciando negativamente no comportamento de muitos alunos no ambiente escolar. Com isso, os estudantes com faixa etária entre 6 e 18 anos, foram convidados a responder um questionário de pesquisa que oferecia opções objetivas para as diversas perguntas sobre o conhecimento e a experimentação das drogas. Os 1128 participantes da pesquisa tiveram garantido o anonimato no questionário, o que facilitou a credibilidade do diagnóstico”, relatou a psicóloga Paula.
Alguns casos recebem atendimento individualizado, para o aluno e sua família, em horário em que seus responsáveis possam comparecer. A intervenção técnica abrange também visitas domiciliares e encaminhamentos aos demais serviços da Rede Pública, quando necessário.
A proposta da Secretaria da Educação é trabalhar as situações de conflito para tornar mais eficiente o espaço escolar, tanto para os trabalhadores da área quanto para os alunos.
De acordo com a Assistente Social Fabiane Regina Galvagni e a Psicóloga Paula Lazzari Quadros, a vivência e convivência nas salas de aula são enriquecidas por experiências humanas diferenciadas. Para perceber tais aspectos se faz necessário um olhar específico, a interação e só então a intervenção. E é isso que vem sendo desenvolvido pelo Projeto Conhecendo a Dinâmica Escolar.