Cavalgada é um dos mais fortes movimentos de preservação da cultura gaúcha
Texto: Helaine Gnoatto Zart | A Folha
Não-Me-Toque realizou a 15ª Cavalgada Intermunicipal com presença de 18 grupos e mais de 100 participantes
O Movimento Tradicionalista Gaúcho que em 22 de maio de 1898 com a fundação do Grêmio Gaúcho, mas ficou marcado a partir de 1947, quando foi criada a chama farroupilha e iniciado o resgate da história das danças, trajes e costumes do gaúcho, tem atualmente nas cavalgadas uma das maiores e mais representativas ações de difusão do tradicionalismo. Junto com os torneios de laço, rodeios e o Enart, as cavalgadas tornam a cultura gaúcha uma vivência do cotidiano. Mesmo quem não participa ativamente tem contato frequente seja através da imprensa, redes sociais ou círculo de convívio.
As cavalgadas iniciaram como manifestações locais tornaram-se regionais e ganharam espaço na programação do MTG.
No final de semana – 5 a 7 de abril – Não-Me-Toque recebeu tradicionalistas de 18 grupos, somando mais de 100 inscrições para a 15ª Cavalgada Intermunicipal, realizada pelo CTG Galpão Amigo e os Cavaleiros da Tradição, com apoio da Prefeitura Municipal através da Secretaria da Cultura, Desporto e Turismo.
Prestigiaram a abertura o secretário Jair Kilpp, o presidente do Legislativo Betão Bacher, o vice-presidente da Ordem dos Cavaleiros do Rio Grande do Sul, Verceli de Oliveira, a coordenadora da 7ª Região Tradicionalista, Gilda Galeazzi e o coordenador de Cavalgadas da 7ªRS, Deoclécio Wolff. O patrão do CTG, Clézio Goettems, a comandante dos Cavaleiros da Tradição, Cristina van Riel, o coordenador da cavalgada, Eugênio da Costa, estiveram à frente da organização.
Na noite de 5 de abril, durante a abertura oficial, o CTG prestou homenagem ao tradicionalista Darci da Silva, que no dia 9 de abril completou 95 anos de idade. Com apoio da nora Vanise Fritzen da Silva, familiares, amigos como, Gibrail Anacleto, Seu Darci participa das atividades do CTG e também das cavalgadas.
Os discursos exaltaram a importância da preservação da cultura através das cavalgadas e o participação do Seu Darci, que é referência viva dos costumes e atividades que forjaram o gaúcho, desde as tropeadas, as vestes, o chimarrão e linguajar.
Os cavalarianos e o pessoal do apoio saiu na manhã de sábado, às 8h30 para o trajeto até o salão da Comunidade de São João do Gramado, onde foi servido o almoço. À tarde, a cavalgada retornou ao CTG e na manhã de domingo cumpriu mais um roteiro, encerrando com entrega de certificados e troféus.
A próxima cavalgada acontece no município de Tapera, dias 17, 18 e 19 de maio.
PARTICIPANTES: Aporreados do 38 (Carazinho), AWN (Tio Hugo), Cabanha 44 (Colorado), Vereda das Tropas (Carazinho), Última Tropeada (Marau), Tropeiros do Cochinho (Victor Graeff), Sociedade Amigos do Cavalo (Tapera), Sentinelas do Pampa (Carazinho), Rancho Vô Emílio (Lagoa dos três Cantos), Pé no Estribo (Panambi), Haras Pinno (Selbach), Granja Simor (Passo Fundo), Ranchos do Tropeiros (Ibirubá), Clube do Laço (Passo Fundo), Centauros da Tradição (Água Santa), Cavaleiros do vento (Quinze de Novembro), Cavaleiros do Planalto Médio (Passo Fundo), Cavaleiros do Pago (Espumoso), Sepé Tiarajú (Marau) e os anfitriões, Cavaleiros da Tradição.
PREMIAÇÃO
15 ANOS DE CAVALGADA: Roque Zart, fundador dos Cavaleiros da Tradição e organizador das primeiras cavalgadas.
MAIS JOVEM: Luiz Augusto Pedroso de Almeida – 4 anos; cavalgou ao lado do irmão Augusto César, de 10 anos e do pai, Maicon Almeida. Passo Fundo – Clube do Laço
MAIS EXPERIENTE
Darci da Silva, 95 anos – Cavaleiros da Tradição
Mário Bernardo de Quadros, 81 anos – Cavaleiros Da Tradição
Jorge de Quadros Filho, 75 anos – Cavaleiros da Tradição
Carlos Hélio Da Mota, 75 anos – CTG Rancho Dos Tropeiros, de Ibirubá.
MAIOR GRUPO: Cavaleiros do Planalto Médio – Passo Fundo, 17 integrantes