Estado desiste de proibir partos em pequenos hospitais
O governo do Estado desistiu de levar adiante a resolução que proibiria a realização de partos em hospitais de pequenas e médias cidades. O tema foi debatido, nesta segunda-feira (17), em reunião na sede da Famurs. O Prefeito Armando Carlos Roos e o Secretário de Saúde Marco Costa estiveram participando do encontro.
Pela proposta original da Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul, estruturas responsáveis por realizar menos de 365 partos por ano deixariam de prestar o serviço, que seria absorvido por grandes hospitais da região. Uma determinação que poderia afetar mais de 100 municípios gaúchos. “A regionalização dos partos pode acarretar em problemas de logística, sociais e econômicos”, criticou o vice-presidente da Famurs, Marcelo Schreinert.
Após ouvir as ponderações dos prefeitos, o secretário adjunto da Saúde do RS, Francisco Paz, explicou que cada município terá autonomia para decidir. Os hospitais que realizam partos em pequenas e médias cidades podem deixar de prestar o serviço e ingressar na rede de atendimento organizada pelo Piratini. Neste caso, os procedimentos serão realizados nos hospitais regionais de maior porte. “Os demais hospitais que não tiverem na rede continuarão a fazer partos. Nós não pretendemos fechar hospitais”, explicou Paz.
Conforme o Secretário Marco Costa, ficou acordado que as regiões que já tem sua pactuação possam seguir mandando seus documentos para o Estado para que seja habilitado esse serviço e imediatamente esses hospitais acessar o recurso.
Os municípios que não pactuaram terão mais prazos e poderão ter nas suas regiões mais discussões e chamamento do estado para diminuir as dúvidas e fazer as suas regionalizações.
“A Região de Saúde 17 da qual Não-Me-Toque faz parte ainda não realizou a discussão e pactuação. Muitos pontos da proposta do Estado ainda estão confusos. A permissão de hospitais menores para continuar a realizar partos pode ter reflexo na obtenção de recursos e dificuldade no acesso à rede e urgência. Tudo isso precisa ser discutido com mais transparência”, ressalta o Secretário Marco.
Fonte: FAMURS
Crédito da Foto: Débora Szczesny