Situação dos Indígenas no Município segue indefinida
Durante o decorrer do ano de 2016, Administração e FUNAI vinham alinhavando a transitoriedade dos indígenas em nosso Município, preocupados principalmente com a vulnerabilidade social e a situação em que os indígenas encontram-se quando transitam pela cidade.
Após diversos encontros entre ambas as parte foi acordado que quando os indígenas chegassem à cidade deveriam procurar o CREAS para realizar um cadastro e o recebimento da chave do local para hospedagem. O espaço localizado junto ao Ginásio Poliesportivo Breno Kirinus, seria de uso exclusivo para os indígenas pernoitarem e/ou guardar seus pertences durante a estadia no município.
Porém para que esse acordo fosse mantido, os indígenas deveriam respeitar as normas do termo de uso de espaço público elaborado entre FUNAI, Caciques e Administração Municipal, no qual deveriam receber e entregar a chave do local conforme autorização de hospedagem, avisar sobre a permanência caso ficassem por mais dias do que o combinado anteriormente, avisando da mesma forma sobre a entrada de novos indígenas mantendo a área do local limpa e organizada mantendo também cuidados com os equipamentos e móveis disponibilizados no local, ficando também proibido que crianças realizem venda ou pedissem dinheiro em locais que as expõem em situação de risco (rua, sinaleira, etc).
A tribo Kaingang é a principal tribo que visita nossa cidade e de acordo com a cultura indígena cabe as crianças a venda dos produtos confeccionados pelos adultos assim como, os cuidados com os menores é realizado pelas crianças mais velhas. Sabendo disso, ressaltou-se os cuidados quanto aos riscos que as crianças correm ao vender seus artesanatos e pedir dinheiro nos semáforos.
Na segunda-feira (09), o Prefeito Armando Roos recebeu em seu gabinete a Coordenadora do CREAS Janaina Jung, o Secretário Adjunto da Assistência Social Jair Lemes, a Assessora Jurídica Patrícia Huppes e a Procuradora Jurídica Elen Heberle afim de colocar a atual situação deste acordo que não vem sendo cumprido por parte dos indígenas.
O não cumprimento deste acordo por parte dos indígenas fez com que a Administração Municipal não disponibilizase mais este espaço, aguardando agora um posicionamento da FUNAI sobre o assunto.