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05 de abril de 2016 as 11:17 / Educação, Sem categoria

EMEF Carlos Gomes comemora 100 Anos

Na sexta-feira (01), a Prefeita Teodora Lütkemeyer acompanhada da Secretária de Educação, Cultura e Desporto Griselda Blau estiveram na EMEF Carlos Gomes, na localidade de Bom Sucesso, participando da solenidade em comemoração aos 100 anos da escola.  Participaram também do evento o Vereador Everaldo Quadros de Moura, a diretora da escola Karin Dias, a equipe diretiva e a historiadora Eliane Quadros.

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Ex-alunos, ex-professoras e pais de alunos estiveram ao longo deste dia visitando a escola para recordar os bons momentos lá vividos, deixando seu depoimento para os atuais alunos.

Foi por volta de 1920 que foi construída a primeira escola, de forma simples de madeira, com a atuação de uma única professora a qual realizava todas as funções: professora, merendeira e até mesmo fazia a limpeza da escola, além de atender sempre mais de uma turma ao mesmo tempo.

Na solenidade de comemoração foi cantado os parabéns à escola, além do abraço coletivo e uma série de homenagens às pessoas que contribuíram para o fortalecimento da escola.

“A EMEF Carlos Gomes é um patrimônio cultural de nosso Município, que retrata também a história da comunidade de Bom Sucesso. Dezenas de pessoas ajudaram a construir sua história e a promover um ensino de qualidade ao longo destes 100 anos. Apesar de diversas dificuldades, é com o apoio das famílias e comunidade que se mantém hoje um espirito cooperativo na manutenção desta escola, fortalecendo assim o importante vínculo entre família e escola”, comentou a Prefeita Teodora.

Confira o Histórico construído por alunos do 9º ano da Escola Carlos Gomes:

No alto da Coxilha, nas terras da antiga fazenda São Miguel, que compreendia uma imensa área entre os rios Colorado e Cotovelo, de propriedade da família Quadros, surgiu a vila de Bom Sucesso. Mais precisamente, na parte da fazenda adquirida por Bernardo Antônio de Quadros, por volta de 1845 e que ele denominou de fazenda Bom Sucesso.

Bernardo Antônio de Quadros casou-se com Felicidade Xavier de Castro, irmã do Coronel Chicuta de Passo Fundo, moça culta e poetisa. Após o casamento, esta veio morar na fazenda Bom Sucesso. Dona Felicidade e uma professora de nome Izabel ensinavam as crianças da redondeza que desejassem aprender a ler e escrever sendo as aulas ministradas nas fazendas.

Em 1920, foi construída a primeira escola comunitária por Dona Ema Schimitt, chamada Olavo Bilac. Era muito simples: de madeira, tinha o modelo de uma casa quadrada, ficava no canto do atual pavilhão e possuía uma sala só.

No ano de 1926 foi construída a igreja, cujo padroeiro é São Miguel, muito cultuado pelos fazendeiros portugueses, era de madeira e tinha uma torre e o sino, este era tocado diversas vezes por dia e orientava a população com as horas e acontecimentos. O povoado cresceu, com novos moradores de origem italiana e alguns alemães vindos das “Colônias Velhas”.

Nessa escola trabalharam os seguintes professores: Ema Schimitt, Alvina Ared, Dona Chichinha, Olinda Maria Mumbach, Bernardo (1931), Emílio Favoretto (1936), Clara de Oliveira (1938), Valter Martini (1940), Eva da Silva (1942), Arno Müller (1952), professor municipal João Agnes (1955 a 1962) e Isoldi M. l. de Almeida, que assumiu em 1962. A escola chegou a ser freqüentada por 70 alunos, do 1º ao 5º ano.

Naquela época as disciplinas ensinadas eram: Matemática, Português e História. Os alunos de 1º e 2º anos escreviam na lousa, os de 3º ao 5º ano possuíam um livro resumo e cadernos, estes muitas vezes feitos de papel embrulho. As aulas iniciavam com uma oração, os alunos deveriam permanecer em silêncio, a tabuada era muito cobrada. Não havia prova durante o ano, somente no final e esta vinha de fora, era um exame geral de todo o conteúdo estudado naquele ano.

Os alunos que desobedecessem, brigassem ou que não soubessem a lição poderiam ser castigadas, nos tempos mais remotos com a palmatória e mais tarde com a vara ou de joelhos na frente da escola, ou em grãos de milho. Mas em geral as regras e o respeito eram seguidos à risca.

O recreio durava 30 minutos, as brincadeiras eram organizadas pelos alunos: ovo-choco, rodas, seque e os meninos jogavam futebol com uma bola de borracha. A merenda era trazida de casa de acordo com os produtos de cada época: frutas, batata-doce, pinhão, pão com chimia e outros. Muitos alunos vinham de longe, de até 6 quilômetros de distância, faziam o percurso a pé ou a cavalo. A limpeza da escola era feita pelos próprios alunos.

Em março de 1963, foi inaugurada a “brizoleta”, com duas salas de aula e uma secretaria e passou a chamar-se Escola Municipal Carlos Gomes, em homenagem ao compositor brasileiro, o nome veio sugerido pela Secretaria de Educação de Porto Alegre. Em 1964 caiu o uso da lousa. Foi um período de muitas dificuldades, pois as famílias eram grandes, faltava roupa para o frio, bem como calçados, cadernos e lápis. Muitos alunos de diversas idades e nível de aprendizagem diferente em uma mesma sala, o que gerava indisciplina. A partir de 1965 o governo passou a enviar a merenda, que era feita pelas professoras. De 1964 a 1968 trabalharam Isoldi de Almeida e Domitila Agnes, em 1968 esta última foi substituída por Lourdes Agnes. No ano de 1975 ocorreu a Reforma do Ensino do Primário para o 1º Grau.

Em 1976, foi inaugurada o prédio de alvenaria e passou a trabalhar uma terceira professora: Terezinha Ely. De 1979 até 1984, a professora Isoldi trabalhou sozinha com todas as atividades. Ocorre a diminuição do número de educandos, devido à redução de número de filhos por famílias. Os alunos além das atividades pedagógicas rotineiras participavam das missas, procissões, desfiles cívicos e atividades artísticas como teatro e danças. No de 1985 iniciou seus trabalhos a professora Marlise Gatti Fossati.

Em 1989 a SMEC lança o projeto Escola Pólo Rural com a finalidade de abranger as escolas: Carlos Gomes, Júlio Alvez Marcondes e Ângelo Palharini. Em 1990 são anexadas as escolas Padre Anchieta e José de Alencar e é instalada a pré-escola. Em 1991 é implantada a 5º série e em 1992, mais uma escola é anexado a Antenor Barbosa e no ano seguinte ocorre a implantação da 6º série. Aumenta outra vez o número de alunos e de professores, cada área de ensino possui seu professor.

Era o tempo de mimeógrafo, do vídeo cassete para o filmes, das fitas cassetes para as músicas, dos livros didáticos mais coloridos e elaborados.

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 Fotos: Jornal Afolha.


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