O balanço contábil da Prefeitura de Não-Me-Toque referente ao ano de 2015 encerrou na semana passada apontando um superávit de R$ 3.091.173,42 de recursos livres, mais R$ 31.052.576,93 de recursos específicos, sendo que R$ 30 milhões são do FAPS (Fundo de Aposentadoria e Pensão dos Servidores Municipais).

– Foi o resultado de gestão e planejamento. Tivemos um ano difícil, com queda na arrecadação, e para enfrentar realizamos contingenciamento de despesas de custeio em todas as secretarias. Até novembro não sabíamos como seria o fechamento do ano, por isso controlamos os gastos com austeridade – explicou a prefeita Teodora Lütkemeyer.

Para encerrar o ano com mais de R$ 3 milhões em caixa, a Administração contou com os recursos devolvidos pela Câmara de Vereadores. O presidente de 2015, Ibanez de Quadros, devolveu R$ 1.326.266,00 durante o ano, sendo que R$ 880 mil foram no encerramento do exercício e o restante ao longo do ano, sendo destinados para entidades. O caixa da Prefeitura contava ainda com R$ 700 mil devolvidos pela Câmara referente à gestão de 2014, do presidente Gilson dos Santos, que aguardam definição do projeto de pavimentação aprovado no final do ano passado.

Do montante do superávit alcançado, R$ 1 milhão e 500 mil vieram das economias da Administração.

– Vamos gastar com parcimônia, prevendo que temos pela frente um ano também difícil. Uma boa parte será empregada em pavimentação urbana e na recuperação das estradas do interior, prevendo a safra, já que os recursos que poderão vir da Defesa Civil, em função do estado de emergência decretado em consequência das chuvas no mês de janeiro, não serão suficientes para todas as obras necessárias – anunciou a prefeita.

Mesmo com superávit considerável, diante de um quadro em que muitos municípios adotaram medidas drásticas como turno único e até fechamento com déficit, o trabalho de gestão da Administração de Não-Me-Toque se mostra evidente quando avaliado em relação ao orçamento de 2015.

A previsão orçamentária que deu origem ao planejamento para os gastos do ano foi de R$ 71 milhões, enquanto que o fechamento, em cima dos recursos consolidados no ano ficou em R$ 65 milhões, R$ 6 milhões a menos do previsto.

De acordo com o secretário de Finanças, Naor Kümpel, o acompanhamento minucioso dos gastos durante o ano, com relatórios mensais por secretaria, e a centralização na prefeita para a autorização de gastos foram decisivos.

– Fechamos o ano com uma boa administração, com muita paciência e planejamento, medidas que estamos repetindo neste ano – garantiu Kümpel.

Os maiores gastos de 2015 ficaram com a educação, foram R$ 11 milhões e 400 mil (25,84% do orçamento). Em segundo lugar estão os gastos com saúde R$ 7 milhões e 64 mil (15,97% do orçamento). Por lei o município está obrigado a gastar 25% com educação e 15% com saúde.

Teodora Lütkemeyer explica que as medidas de economia não se fundamentaram apenas no aperto dos gastos, mas em ações administrativas que contribuíram para que os gastos fossem menores, como a adoção do Registro de Preços para as licitações. Nesta modalidade, ocorre uma pesquisa de preços no mercado e o valor médio é lançado como máximo para as compras efetuadas através do pregão presencial, quando os interessados em vender vão oferecendo o produto ou serviço por um preço menor a cada lance.

A renovação da frota de máquinas e veículos também possibilitou uma significativa economia em manutenção.

O ano de 2016, mesmo com as medidas de cautela, já iniciou com obras importantes como a segunda etapa da pavimentação da Rua Pastor Theophil, reperfilagem do asfalto na Avenida Guilherme Augustin, troca do calçamento em parte da Praça Dr. Otto Schmiedt, compra da área para o Parque Municipal de Eventos, infraestrutura no Loteamento Alfredo Alzirio Roos III, que oferece 42 lotes para famílias de baixa renda, nova iluminação na Avenida Dr. Waldomiro Graeff na entrada da cidade, entre outros.

Fonte: Jornal Afolha