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15 de abril de 2013 as 14:03 / Educação, Sem categoria

A merenda escolar como chave para controle da obesidade

Todos os dias aproximadamente quase dois mil alunos recebem almoço e lanche nas seis escolas de ensino fundamental e as quatro instituições de educação infantil mantidas pelo município de Não-Me-Toque. Em todas uma única preocupação: preparar uma alimentação saudável.

Pensando em controlar os riscos da obesidade na infância e adolescência, o município começa a planejar estratégias para ingressar no projeto Saúde na Escola. Programa de incentivo federal que vai envolver as secretarias da Educação e da Saúde de Não-Me-Toque.

Programa Saúde na Escola

A implantação do programa em NMT será discutida hoje, sexta-feira dia 12. Diversas ações articuladas pelas equipes de saúde e de educação serão debatidas com o objetivo de garantir atenção à saúde e educação integral para os estudantes da rede básica de ensino.

– O importante é focar o projeto, trazer a família para falar sobre a questão. A escola não é local de assistencialismo, funciona para educar. Não é papel do município criar os filhos – opinou a secretária da Educação Griselda Maria Scholze Blau.

Responsável pelos projetos e programas de governo que tratam da nutrição, a nutricionista Janice Simon Marques explicou:

– O objetivo do Programa Saúde na Escola é contribuir para o crescimento e desenvolvimento biopsicossocial, aprendizagem, rendimento escolar e formação de hábitos alimentares saudáveis nas escolas.

Na maior escola de educação infantil de NMT, a Infância Feliz, atende 126 crianças de quatro meses a seis anos incompletos. Exemplo de estrutura, a escola oferece por dia três refeições.

– A alimentação é balanceada e orientada pela nutricionista. No o almoço as crianças são incentivadas a comer salada – explicou a diretora Marli Teresinha de Quadros. Durante as refeições a escola oferece cinco tipos de frutas maçã, banana, abacaxi, mamão e laranja, que podem mudar de acordo com a safra e disponibilidade.

Os custos com a alimentação

A merenda escolar é provida através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) que é gerenciada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Escolar (FNDE). Para este ano o repasse será de R$ 159 mil dividido em dez parcelas.  A verba atende os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), que recebe R$ 342,00; escolas de educação infantil R$ 2.570,00; creches (EMEIs), R$ 5.040,00 incluindo a (Asbam); ensino fundamental, R$ 7.548,00, incluindo a Apae, e AEE, com R$ 190,00, valores. O restante o município complementa com recursos próprios.

Em 2012 o custo com a alimentação na rede municipal chegou a R$ 358.266.54 e o repasse do PNAE alcançou R$ 149 mil.

 Origem dos alimentos

Dos recursos financeiros repassados pelo FNDE no âmbito do PNAE, no mínimo 30% é utilizado na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar. No município de NMT atualmente cinco agroindústrias repassam seus produtos para escolas e creches do município: GL Sprandel, Nelson Bartz, Francis Schons e Renan Kilpp.

A compra dos alimentos é baseada no cardápio elaborado pela nutricionista responsável, respeitando as referências nutricionais, os hábitos alimentares, a cultura alimentar da localidade e uma alimentação saudável e adequada para cada faixa etária.

Toda comida é comprada com pregão presencial a cada 12 meses com registro de preço e licitação. Para a compra dos alimentos oriundos da agricultura familiar também é realizada uma licitação pública a cada seis meses. A Prefeitura, através da Secretaria Municipal da Educação adquire frutas, verduras, carnes, sucos e alimentos não perecíveis.

 Excesso de peso

Foi-se o tempo que criança saudável era criança gordinha. Hoje o cenário é assustador: a obesidade atinge 15% dos pequenos, que estão expostos a riscos de gente grande. A falta de exercícios e a alimentação inadequada são os grandes culpados pelos quilos a mais.

Só para se ter uma ideia, quando o pequeno devora um pacote de bolacha na hora do lanche, está ingerindo o equivalente a uma refeição completa em calorias. Os prejuízos são enormes: além do impacto na autoestima, aumenta a chance de problemas ortopédicos, de infecções respiratórias e de pele, de cirrose hepática por excesso de gordura depositada no fígado.

Uma criança obesa em idade pré-escolar tem 30% de chances de virar um adulto rechonchudo. O risco sobe para 50% caso ela entre na adolescência gorda. Explica-se: as células adiposas vão ficando cada vez mais recheadas de gordura até que estouram e se multiplicam, fenômeno mais comum justamente no primeiro ano de vida e na adolescência. Reverter o quadro depende basicamente de uma coisa: reeducação alimentar.


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