Três anos de Corrente da Esperança
A busca de apoio na batalha para vencer a doença chamada “drogas” uniu um grupo de familiares de dependentes de drogas psicoativas (maconha, crack, cocaína). Liderados pela assistente social, Iliana Casagrande, iniciaram uma luta para salvar os filhos e familiares no dia 16 de setembro de 2008.
Para comemorar três anos de existência, na tarde desta terça-feira (27), familiares de usuários assistidos pelas psicólogas e pelas assistentes sociais da Secretaria da Saúde, se reuniram no antigo Posto de Saúde. No primeiro momento assistiram a uma palestra sobre autoestima, ministrada pela médica da Estratégia Saúde da Família (ESF) do Bairro Jardim, Merli de Oliveira.
– Temos a cada encontro, novos familiares buscando ajuda, alguns vão e voltam. Nestes três anos, temos pessoas que continuam conosco mesmo tendo seu familiar recuperado, – revelou a assistente social Iliana Casagrande.
A médica destacou que são cinco os principais motivos que levam os adolescentes a experimentar, ou ter o primeiro contato com as drogas.
– Nossos filhos acabam se envolvendo pela curiosidade, pela falta de perspectiva de vida, fuga dos problemas, busca de novas experiências e, principalmente, modismo. Para que tudo isso não aconteça devem conversar com os filhos, escutá-los e, principalmente, ajudá-los, e é isso que vocês vêm fazendo – motivou a Dra. Merli.
Enquanto os familiares recebem o apoio de Iliana Casagrande e da psicóloga Katya Kaser, o trabalho com os usuários de substâncias psicoativas é conduzido pela assistente social Andrea Saraiva Lima.
Durante o segundo momento do encontro, as mães e também esposas puderam colocar suas experiências vividas, antes e pós-grupo Corrente da Esperança.
– Todas estão aqui atrás de um único objetivo: salvar nossos parentes. Compartilhamos felicidades e tristezas. Somos julgadas perante a comunidade quanto à educação dada a eles. Mesmo que tenhamos dado amor, carinho e muito afeto, a vida nós pregou esta peça -, revelou uma da mães, emocionadas.