VI Seminário Regional do Programa “A União Faz a Vida”
Pelo 6º ano consecutivo, realizou-se no dia 17 de agosto mais uma edição do Seminário Regional do Programa "A União Faz a Vida", no Restaurante do Parque da Expodireto Cotrijal. O evento contou com a participação de professores dos municípios de Não-Me-Toque, Victor Graeff e Tio Hugo, bem como representantes dos municípios que compõem a regional AMAJA.
Na solenidade de abertura se fizeram presentes os secretários de Educação, Teodora Lütkemeyer (Não-Me-Toque); Cláudio Alflen (Victor Graeff) e Valduze Vollmer (Tio Hugo); os prefeitos de Victor Graeff, Flávio Lammel Presidente da FAMURS e de Não-Me-Toque, Armando Carlos Roos; o presidente da Cotrijal Nei César Mânica; o gerente regional do Sicredi, Gervásio Diel; o presidente do Sicredi Alto Jacuí, José Celeste De Negri; Sandro Kilpp, gerente do Sicredi Não-Me-Toque; Alicia Fritzen, gerente do Sicredi Victor Graeff e Ricardo Nienow, gerente do Sicredi de Tio Hugo.
Para trabalhar com os professores na parte da manhã a Mestranda em Psicologia, Rosane Trapaga graduada em Direito pela UNISINOS, Mediadora de Conflitos de Família, coordenadora do Projeto Mediação Forense em Não-Me-Toque e o Programa Resolução Pacífica de Conflitos na Escola – Mediação Escolar em Porto Alegre, Terapeuta de Família e Casal, abordou o tema "EU POSSO RESOLVER PROBLEMAS". Sob este tema enfocou que existem vários perfis de professores, mas que todos deixam no aluno alguma marca, destacando que, segundo pesquisa realizada pela USP (Universidade de São Paulo), os maiores problemas que ocorrem em sala de aula é quando o professor assume o perfil de autoritário, em que evidencia uma abertura ao diálogo.
Destacou que no Brasil, os conflitos existentes na escola ainda são pouco estudados a fim de serem resolvidos, eles aparecem na mídia como uma notícia, mas que não se dá o devido tratamento adequado ao fato buscando usar o conflito para solucionar os problemas que ele gera.
Apresentou dados de projetos que são desenvolvidos na Argentina e Portugal que buscam solucionar os problemas enfrentados pelas escolas, também explanou sobre o projeto que coordena em Porto Alegre, juntamente com a Psicóloga Bernadete Piva, onde trabalham em parceria com a AABB, comunidade e duas escolas, através de oficinas para fazer a mediação dos conflitos existentes nestes ambientes.
Fez um destaque muito importante quanto à questão dos jogos, que é uma excelente ferramenta que o professor pode e deve lançar mão, a fim de trabalhar os conflitos diários que se apresentam em sala de aula.
Iniciando à tarde, foi realizada uma apresentação de danças da Academia J.W. Fitness. Júnior Wentz, acompanhado das bailarinas Cíntia Schwingel e Andréa Albuquerque, apresentaram performances em danças de salão.
O tema da tarde, "RELAÇÕES QUE EDUCAM" – AS EMOÇÕES EM SALA DE AULA ", foi abordado pela Mestra em Psicologia da Educação, Pedagoga, Especialista em Psicodrama, Psicopedagoga e Consultora Institucional de Escolas Públicas e Particulares, Isabel Parolin de Curitiba. Ela destacou vários pontos importantes para o dia-a-dia do professor, salientando que a forma como as crianças são criadas nos dias de hoje influencia diretamente em seu comportamento na escola, uma vez que muitos valores estão sendo deixados de lado pela própria família na educação dos filhos.
O corre-corre diário, o individualismo cada vez mais presente na vida moderna faz com que as pessoas fiquem mais individualistas, até dentro das próprias casas, onde não se consegue mais estabelecer relações que educam. Outro ponto importante que foi abordado pela palestrante Isabel relaciona-se com o fato de que os pais devem ter a consciência que os alunos freqüentam uma escola, mas que continuam pertencendo a uma família que deve exercer seu papel de primeira educadora e socializadora das crianças, ensinado-as a estabelecer relações de respeito e convivência com o outro. Destacou que a escola é lugar de relações, um local que deve sofrer mudanças para atender o aluno de hoje, e que acima de tudo é lugar de aprendizagem, que envolve um sujeito, conteúdo e um professor mediador, usando técnicas e métodos diferentes a fim de trabalhar grupos de competências, socializando conhecimentos e relações. Colocou como ponto muito importante que escola e família são parceiras no processo de educar e que devem trabalhar de mãos dadas para atingir seus objetivos.